domingo, 22 de março de 2009
O novo paradigma técnico produtivo e a qualificação do trabalhador
A expansão capitalista mundial experimentou, após a 2ª Grande Guerra, forte impulso levado a termo por três fatores predominantes, originários da hegemonia dos Estados Unidos: o seu poderio militar, a sua influência político-diplomática sobre os demais países e o seu crescente envolvimento econômico nos negócios mundiais por meio de operações financeiras oficiais ou investimentos diretos das multinacionais.
O Keynesianismo e o Estado do Bem-Estar Social foram os pilares político-ideológicos dessa fase expansionista. O Keynesianismo sustentava a intervenção do Estado nas economias via gastos públicos (custeio e investimeno) de sorte a assegurar a demanda efetiva e, assim, o nível de emprego. O Estado do Bem-Estar Social conferia as condições institucionais para a garantia de sobrevivência dos indivíduos pela regulação do nível básico de salário/renda, seguridade social e assistência à saúde.
Essa estrutura político-econômico-social começa a apresentar sinais de falência no início dos anos setenta, de um lado, com a derrubada do padrão-ouro, a crise do petróleo e a formação de extraordinária liquidez financeira em dólares fora dos Estados Unidos - os euro-dólares e, de outro lado, com a mobilização dos trabalhadores qualificados contra os métodos tayloristas-fordistas de gestão da mão-de-obra e com as lutas sindicais pelos direitos trabalhistas junto às representaçôes do capital. Toma forma, desde então, um liberalismo revisado, o neoliberalismo, para dar conta dos negócios e uma nova composição social para lidar com as relações capital-trabalho.
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