Descrever e analisar criticamente o estado-daarte
em Orientação Profissional no Brasil é uma tarefa
desafiadora dada a dimensão territorial, a variedade
e complexidade de serviços, a ausência de
estudos sistematizados que retratem a realidade do
país como um todo, as divergências nos conceitos
utilizados para descrever os fazeres da Orientação
Profissional desenvolvidos no âmbito da Educação
e Trabalho sob a perspectiva da Psicologia e, sobretudo,
porque a primeira revista científica brasileira
específica nesse domínio foi publicada apenas em
1997. Considerando tal desafio como relevante para
o avanço na produção do conhecimento científico,
os autores decidiram reunir suas idéias e compartilhar
com os pares as reflexões. Com este estudo
pretende-se desencadear debates sobre a natureza
dos serviços realizados em Orientação Profissional
e seus construtos teóricos. Além disso, pretende-se
focalizar as interfaces com outras áreas e, ao mesmo
tempo, identificar espaços nos quais a presença do
orientador se faz necessária.
A Orientação Profissional, como uma prática
majoritariamente voltada para estudantes que aspiram
à carreira universitária, ou o “teste vocacional”
no senso comum, está consolidada. Como o acesso
à universidade e à orientação profissional não é amplamente
democrático, nesse cenário há necessidade
de ampliação do atendimento nas redes da
Educação e Trabalho e de avaliação e aperfeiçoamento
das práticas instituídas. Em outros cenários e
contextos, inúmeros projetos foram e estão sendo
desenvolvidos em nosso país com populações e
objetivos específicos e, devido à natureza particular
de suas ações educativas, muitas vezes, tais práticas
não são vistas como sendo do domínio da Orientação
Profissional. Os autores reconhecem o valor de
diversas ações governamentais e não governamentais
implementadas no país no âmbito da educação
para e/ou pelo trabalho.
terça-feira, 31 de março de 2009
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